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Cidades inteligentes: conheça o conceito de smart cities

o conceito de smart cities é novo, mas já vem conquistando urbanistas no mundo todo.

17

abr - 2024

Em um mundo cada vez mais interconectado e dinâmico, as cidades assumem um papel central na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios urbanos. Nesse contexto, surgiram as “smart cities”, que, em tradução livre, significam“cidades inteligentes”.

 

Nove indicadores desempenham um papel essencial na avaliação da inteligência urbana de uma cidade, sendo todos fundamentais para o desenvolvimento de smart cities reais.

 

Um conceito que se sobressai é o da tecnologia cívica, que coloca as pessoas no centro do desenvolvimento urbano, buscando soluções criativas e atenciosas ao contexto.

 

As tecnologias das smart cities possibilitam a coleta descentralizada de dados urbanos, fornecendo indicadores precisos para a prestação de serviços e facilitando a participação dos cidadãos na governança e tomada de decisões. Dessa forma, não apenas adotam tecnologias avançadas, mas também promovem uma abordagem inclusiva e participativa para moldar o futuro das nossas cidades.

 

Neste artigo, vamos explorar mais a fundo o conceito de smart cities, analisando seus impactos, benefícios e desafios para as cidades do século XXI. 

O que é uma smart city?

Uma definição possível está presente no livro “Caminhos para as Smart Cities: Da Gestão Tradicional para a Cidade Inteligente”. Nele, é descrito que uma Cidade Inteligente é aquela que prioriza as necessidades das pessoas no seu desenvolvimento.

 

É uma cidade eficiente, conectada e sustentável. Ela integra tecnologias com natureza, a fim de  proporcionar um clima urbano que levará a uma melhor qualidade de vida, usando conscientemente os recursos naturais de forma sustentável e com crescimento da economia local.

 

O conceito de smart cities é amplamente debatido por especialistas que defendem a combinação do tecnológico com o sustentável.

 

Uma cidade inteligente consegue otimizar o uso de recursos financeiros e aumentar as operações urbanas, incentivando projetos (como uma equipe de ciclismo, por exemplo) e promovendo o desenvolvimento urbano sustentável.

 

Segundo o relatório da Cities in Motion, elaborado pelo IESE Business School (Universidade de Navarra, Espanha), existem nove indicadores de inteligência urbana.

 

  • Capital humano: são criadas estratégias para o desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores, focando na educação de qualidade e repertório científico e cultural. 
  • Coesão social: a ideia aqui é criar aquele senso de “pertencimento” com desenvolvimento comunitário, acessibilidade e campanhas por mais empatia e solidariedade.
  • Economia: Ações de incentivo à economia local, a criação de planos industriais estratégicos e estimulando o empreendedorismo.
  • Governança: Observação da gestão de recursos, a transparência e a ética governamental.
  • Meio ambiente: A sustentabilidade é um dos pilares das smart cities, ou seja, ações sustentáveis são valorizadas e ajudam a abrandar problemas ambientais e a garantir o uso consciente dos recursos.
  • Mobilidade: Bem-planejada, otimiza a qualidade de vida da população, além de se relacionar com a preocupação com a sustentabilidade.
  • Planejamento urbano: As soluções para a conectividade e autossuficiência da cidade inteligente, como infraestrutura, gestão e distribuição de energia e resíduos. Podemos mencionar a modernização da iluminação pública com softwares de gestão, LEDs e projetos inovadores, como a telegestão.
  • Reconhecimento internacional: Estratégias de turismo e infraestrutura para promoção global. Planejamento e investimento impulsionam o desenvolvimento das smart cities, impactando economia, turismo, meio ambiente e qualidade de vida urbana. Prêmios e eventos ressaltam a relevância das smart cities nesse cenário.
  • Tecnologia: Talvez o ponto-chave de uma smart city. O critério básico que leva a soluções para sustentabilidade, segurança pública, desenvolvimento humano etc.

Quais são os impactos da tecnologia e da inovação nas cidades?

As smart cities são uma inovação sobre espaço urbano. A ideia é transformar o ambiente urbano para favorecer a sociedade em diversos níveis.

 

Com as soluções tecnológicas é possível potencializar a oferta de serviços, a segurança, a educação, o bem-estar e muito mais. Os dados podem ser usados para conectar sistemas, produtos e usuários, garantindo maior produtividade e eficiência energética.

 

Outro conceito que surgiu junto das smart cities foi o da tecnologia cívica. É centrado nas pessoas e apoiará processos participativos e democráticos, que levem a soluções criativas e sensíveis ao contexto.

 

As tecnologias das smart cities permitem coletar dados mais descentralizados no nível da cidade, melhorando a prestação de serviços com indicadores e participando da governança e da tomada de decisões.

No Brasil, São Paulo, Rio e Brasília estão no radar do ranking global de smart cities. O estudo IMD Smart Cities Index 2024 levou o desempenho técnico em vários indicadores com respostas dos residentes.

 

Os principais “gadgets” computados são os registros em imagens e via sensores, economia energética e análise de dados.

 

Apesar dos benefícios promissores, a implementação de iniciativas de smart cities enfrenta uma série de desafios significativos. Questões relacionadas à privacidade de dados emergem como uma preocupação central, à medida que a coleta e o compartilhamento de informações se tornam cada vez mais integrados à infraestrutura urbana.

 

A necessidade de garantir a segurança e proteção dos dados dos cidadãos é essencial para construir uma base sólida de confiança na adoção de tecnologias inteligentes.

 

Além disso, as desigualdades sociais e a resistência à mudança representam barreiras importantes na jornada em direção às smart cities. A implementação de soluções tecnológicas avançadas pode inadvertidamente ampliar as disparidades existentes, deixando para trás aqueles que não têm acesso aos recursos necessários para se beneficiar plenamente das inovações urbanas.

 

Superar esses desafios exige não apenas soluções técnicas, mas também um compromisso renovado com a equidade, inclusão e participação da comunidade em todos os estágios do desenvolvimento urbano inteligente. Pensando nisso, as loteadoras iniciam o processo gradualmente, implementando elementos desse conceito em seus empreendimentos.

 

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